25 de dezembro de 2008

As coisas mais clichês que eu aprendi em 2008

Antes de qualquer coisa, quero deixar claro que eu não desisti do blog. Apesar de quase dois meses sem atualizá-lo, continuarei a trabalhar firme nele em 2009. Lembrando também que será aniversário de um aninho do acordei e agora em Janeiro. Só que isso, é assunto para outro dia. ;-)


Não venho postando constantemente, não é por falta de tempo, nem por preguiça ou descaso, nem nada parecido. Estava engajado em outros projetos que exigiam muita energia, dedicação e paciência. Principalmente o primeiro item. Foi um período corrido, contudo, bastante gratificante. A partir desse dia (25-10), o blog retorna as suas atividades (?) habituais.


Feito os devidos esclarecimentos, vamos à postagem em si. Hoje, 25 de Dezembro de 2008, e eu aqui escrevendo. Não poderia ter escolhido data melhor para retornar. Natal, data em que nossa sensibilidade aflora. Benevolência e boa-vontade vem à tona de forma espantosa, e pelo menos nesse dia, passamos a notar o outro de uma forma diferente. Tem coisa mais linda que o espírito natalino? ;-)


Não, eu não vou falar do Natal. Também não pretendo fazer discurso utópico apenas por que está chegando o fim do ano ou coisa parecida. Mais que isso. Quero pegar na sua mão para fazermos uma viagem juntos, mas não uma viagem qualquer. Sabe aquelas retrospectivas nas quais são lembrados os fatos bons e os ruins do ano? É quase isso. A diferença é que eu quero saber como esses fatos influenciaram em sua vida, até que ponto eles ensinaram algo para você? Será que conseguiu tirar proveito de todas as lições de 2008? Viveu toda alegria intensamente? Se fechou para dor? Realizou os planos? Estranhou grandes mudanças? Deixou de acreditar em todos os homens do planeta por que o namorado simplesmente jogou tudo para o alto e foi embora sem nenhuma explicação? Trabalhou em prol da felicidade de alguém?


2008 foi um ano fantástico para mim. Não por tudo que consegui materialmente, não pelas aprovações, pela ascensão acadêmica ou financeira. Não pelas oportunidades de trabalho, pelas mulheres com quem saí, pelos amigos que revi, outros que conquistei, não pelas bebedeiras e farras. 2008 foi do caralho, por que foi um ano de pura descoberta, superação de medos, incertezas, cagadas, puxões de orelha, porres inexplicáveis. Foi o ano em que eu comecei com mais medo em minha vida. Havia saído fudido de um namoro marcante, perdi pessoas importantes, não vislumbrava horizontes, não tinha perspectiva, não fazia amor com a vida, não respirava direito... Até que um fato me chamou a atenção: eu ainda estava vivo.


É hora de arrumar a casa para o ano que vem.


Isso foi o suficiente para me fazer querer mudar. Lembrando que as grandes mudanças não acontecem assim do nada. Não acredito em pessoas que mudam radicalmente do dia para noite. É preciso bem mais do que apenas “querer” mudar. É preciso abrir espaço. Foi o que fiz. Rompi velhos padrões, incorporei novas atividades à rotina, sacudi toda a poeira, decidi cair de cabeça no mundo. Afinal, eu já havia perdido completamente as esperanças. Foi a coisa mais sábia que aprendi esse ano. Eu não tinha escolhas, logo, me tornei livre.


O que ganhei com isso? Experiências que dinheiro, viagem ou qualquer outra coisa não pode comprar. Aprendi que a melhor forma de se evitar a carência, é fazer algo pela felicidade alheia. A melhor maneira de se viver um relacionamento de modo intenso, é aprender a ficar confortável consigo mesmo. Descobri que vida pode ser cruel pra caralho, mas muito recompensadora também. Isso depende de como você se relaciona com ela. Percebi que o mundo não pára pra ter pena de ti. Nunca. E se você se fechar para tristeza, automaticamente se fechará para a alegria também. Então, peito aberto. Sempre. ;-)


Aprendi que deixar de fazer algo por se preocupar com o que a outra pessoa vai pensar é bobagem. Siga seu direcionamento e faça. Vi que mulher não confia em homem que não tem horizontes bem definidos e que, esse mesmo homem pode ser muito mais frágil que copinho de requeijão, mesmo quando tenta fazer cara de macho. Reconheci que o amor flui quando é um amor libertário, daqueles que te faz crescer, que desperta o brilho no parceiro, que não obstrui a livre manifestação dele... Ah, foram tantas coisas esse ano, que eu escreveria dez postagens fácil fácil só falando disso. Tenho consciência de que tudo isso descrito acima não é novidade para alguns. Pelo menos, até o começo do ano foi para mim. Então, não reparem no tom clichê de algumas passagens... ;-)


Por fim, chego ao término de 2008 grato por tudo que vivi. Grato a todas as pessoas que passaram por minha vida e, por tudo que elas deixaram e me ensinaram. Mesmo que muitas não tenham se dado conta disso. Palavras, presentes, homenagens não são suficientes para expressar minha gratidão. A vontade de crescer e ser alguém melhor para o mundo, para as pessoas, é o que me faz seguir em frente. Alimentar felicidade alheia, arrancar sorrisos, surpreender, ou simplesmente mostrar que podem contar comigo, é o mínimo que posso fazer para retribuir. Nesse momento minha playlist toca o pouco que sobrou, dos Los Hermanos. Não haveria música melhor para encerrar esse post. 2009, aí vou eu...


Mas antes, quais experiências você tem para compartilhar comigo?