10 de janeiro de 2009

Acordei e agora: 1 ano

Exatamente hoje, 10 de janeiro, o Acordei e agora completa seu primeiro ano. E nada melhor do que comemorar quebrando tudo e tocando a maior zorra ao som de Anarchy in the Uk. ;-)


A princípio, a idéia do blog era apenas expor as visões e experiências de um cara completamente atrapalhado em relacionamentos. Queria por meio de testemunhos, servir de exemplo para que muitos não cometessem os erros que cometi e acertasse do jeito que acertei. Era mais um lugar para desabafar do que um blog propriamente dito.


A brincadeira foi ficando mais séria e daí surgiu a motivação para fazer desse espaço uma ferramenta para melhoria das relações inter / intra-pessoais. Foi nessa época que o blog até então intitulado Tarverna do Will passou a se chamar Acordei e agora. A escolha desse novo nome não foi por acaso. O objetivo era despertar as pessoas para o que elas tinham de melhor. Mais que isso. O objetivo real era que EU despertasse para o que eu tinha de melhor. Até hoje, tudo que escrevo aqui, nada mais é que um lembrete para mim. Um lembrete para os momentos em que ando dormindo, uma tapa na cara para os momentos em que perco a consciência. E funciona que é uma maravilha.


Querida, você trocou as velinhas!


Contar toda história do blog seria a coisa mais sem sentido que eu poderia fazer agora. Fiquem tranqüilos, não vou fazer isso. Acho até um desrespeito com seu precioso tempo. Só resolvi postar hoje, para não deixar passar em branco do que qualquer outro motivo especial. O que me motiva escrever aqui, é meu chamado a melhoria do universo, seja com um post, uma conversa ou simplesmente uma ação sutil que pode mudar a vida de alguém. Essa é minha forma de ajudar a construir esse mundo com pessoas mais virtuosas, conscientes, de bem consigo mesmo. Sei que faço menos do que gostaria, porém, tenham absoluta certeza de que faço com o coração aberto.


E para acabar todo esse discurso mela cueca, quero agradecer a todos que passam por aqui, mesmo que por engano. Quero agradecer também toda ajuda e apoio oferecidos quando isso era apenas um projeto, e por fim, quero agradecer a você, ilustre desconhecido, por toda fonte de inspiração e toda motivação que me faz sentar o traseiro gordo nessa cadeira e só sair quando tiver acabado de escrever algo minimamente decente, que de algum modo seja útil para alguém.


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P.S. Em 2009, O que querem ver por aqui? Abro o espaço para vocês.

5 de janeiro de 2009

Verdades tristes eu pensei, onde foi que eu errei?

O título desse post é um trecho dessa música, do Cpm22. Encontrei esse cd por acaso, enquanto arrumava umas coisas velhas para jogar fora. Aproveitei então para lembrar um pouco da época em que eu era moleque, onde após cada toco que levava no colégio (da mesma garota, sempre!), me trancava no quarto para ficar roendo com essas músicas, achando que um dia ela me daria uma chance, iria correr aos meus pés, me pedindo desculpas, se arrependeria de ter me maltratado tanto... Hahaha. Ah, tempos engraçados aqueles.

A música não é muito grande e o trecho não foi escolhido por acaso. Se repararmos bem, a parte que vem logo após a vírgula é mais comum do que imaginamos. Mas antes disso, um pouco de contexto para entendermos melhor.

Já perceberam como é interessante o processo da paixão? De repente, conhecemos alguém que estava ali o tempo todo, mas nós nunca havíamos nos dado conta. Até certo momento era um estranho. Então, aos poucos passamos a reparar mais nela, apreciamos suas qualidades, constatamos que temos gostos parecidos, a conexão vai aumentando de tal modo, que queremos passar os próximos momentos ao seu lado. É gostoso sentir todas as sensações que nos são despertadas. É uma maravilha cuidar do outro e saber que aquilo é recíproco. A vida ganha mais brilho. Queremos sempre fazer mais e mais por ele, adentramos o seu mundo e abrimos o nosso, nos entregamos, somos capazes de matar e morrer, fazemos de tudo para cultivar seu carinho, sua admiração, enfim, queremos mostrar que somos dignos do seu amor. E fazemos isso com freqüência abismal. É assim que demonstramos nosso amor.

Contudo um dia, sem nenhuma explicação plausível o outro resolve ir embora e levar seu mundo com ele. Pior. Como se isso não fosse suficiente, ele leva também um mundo que julgávamos ser nosso, que construímos, que moldamos, que nos dedicamos quase em tempo integral e, que agora, nos é tirado de maneira tão crua e dura.

Passamos um tempo mal, pensando que a vida foi injusta conosco mais uma vez. Não satisfeitos, tentamos racionalizar mil coisas, para entendermos o que aconteceu. A primeira quem vem a cabeça é que existe uma terceira pessoa na jogada. Claro. Deve ter outra pessoa. Deve ter alguém que roubou nossa paixão. Mas, se for mesmo verdade, então não fomos bons suficientes para mantê-lo junto a nós. É lógico. A culpa é nossa. Será que demos amor demais? Ou não demos o suficiente? Não, a verdade é que não me achava mais atraente. Será que perdeu o tesão em mim? Ou será que foi algo que falei? Droga, a culpa é toda minha.

Chegamos ao ponto culminante...

Onde será que eu errei?

Nós, seres humanos, temos uma tendência muito grande a sabotagem. Achamos que quando alguma alegria acontece, não somos tão dignos quanto deveríamos ser, portanto, não a desfrutamos plenamente. Entretanto, quando é algum sofrimento que nos pega de surpresa, a mente trabalha contra nós e tendemos a achar que foi culpa nossa. Literalmente chafurdamos na merda. Será que agora entendem o porquê da escolha desse trecho da música? ;-)

Cultivamos o péssimo hábito de achar que se um relacionamento der errado a culpa é sempre nossa. No lugar de focarmos os pontos positivos, tirando algum proveito do fim, nos apegamos logo aos negativos, assumindo toda responsabilidade, nos perguntando onde erramos e por que fracassamos. Esquecemos que os motivos do outro podem não ter relação alguma conosco. Ele simplesmente resolveu ir. Não quero dizer que nós nunca erramos. Às vezes fazemos besteiras sim. É uma virtude saber reconhecer isso. Todavia, o que quero é despertar em você, que está lendo agora, uma consciência de que nem sempre a culpa do término pode ser sua. Liberte-se, perdoe-se e o mais importante, junte os cacos que sobrou do seu mundo. Logo será tempo de reconstruí-lo novamente. Dizem por aí que cada fim é um novo começo. Não custa nada tentar descobrir.