14 de dezembro de 2009

Solidão

A solidão é fera
A solidão devora

É amiga das horas
É Prima-irmã do tempo
E faz nossos relógios
Caminharem lentos
Causando um descompasso
No meu coração (...)

(Alceu Valença - Solidão)


No post anterior coloquei uma pequena citação sobre liberdade. Sabemos que para ser livre, necessariamente não devemos ficar sozinhos. É até melhor que aprendamos a ser livres mesmo quando estivermos dentro de uma relação, seja ela conjugal ou não. Liberdade, como o próprio nome diz, é "faculdade de cada um se decidir ou agir segundo a própria determinação" (Aurélio eletrônico). E partindo dessa definição de liberdade, temos a opção de querermos ficar sós em algum momento de nossas vidas. Entretanto, a ideia de ficar sozinho (aqui vista no sentido geral de sem companhia de amigos, de pais, colegas, namorado) nos assusta desde muito tempo. Não é raro ver pessoas sentirem calafrios só de ouvirem falar dessa proposta. Não sabem elas o quanto a solidão, feita por escolha própria, é enriquecedora, em vários aspectos. Talvez seja esse o mal que assola a modernidade. Não sabemos ficar sós. Temos medo de desfrutar de nossa própria companhia. Sentimos uma necessidade estranha de ter sempre alguém por perto. Alguém que nos escute, que nos apoie, que fique ao nosso lado. Não digo para ninguém se isolar. Mas proponho que comece a aprender e apreciar os momentos de solidão. São mágicos, enriquecedores, são momentos que nos ensinam, nos desafiam, nos obrigam a uma reflexão. Segue um texto muito bom, da Elizabeth Salgado (site disponível aqui), que achei enquanto lia sobre o tema:


Quando ficar sozinho é bom

Um dos motivos fundamentais que gera ansiedade e tristeza em se ficar só está relacionado com a questão da escolha.

Dificilmente, as pessoas escolhem ficar sós, elas são deixadas sós...

Desde pequenos, a idéia de " ficar só " nos é passada apenas como algo ruim e vinculada a pessoas que não conseguem ser amadas ou aceitas, à dificuldade que têm de viver em relação e assim por diante.

E, assim, "crescemos", rejeitando e temendo a solidão, jamais vendo nela um caminho. Não é raro conhecermos pessoas que fogem dela a maior parte do tempo e, ironicamente, elas mesmas a geram. E, justamente por temê-la, justamente por vê-la apenas como um estigma e uma situação injusta, essas pessoas são "deixadas sós".

Quando você é deixado só, o mundo perde o encanto e a vida perde em prazer. Torna-se difícil achar graça no que é só seu. Parece que a criança que existe dentro de cada um reclama por uma platéia que a aplauda, que confirme sua existência.

Entretanto, se você opta por ficar só, por reconhecer que este é o melhor caminho, naquele momento, a vida e o que o cerca não perdem a cor, pelo contrário, tomam nuances desconhecidas e libertadoras.

De repente, você pode estar pensando: “Mas eu não acredito que alguém queira ficar só! “

Você se esqueceu do que foi dito? É uma questão de escolha, escolha assumida, e não um mero querer por querer.

E, na vida, existem vários momentos em que esta escolha pode ser muito boa. Não sei se você vai concordar comigo, mas aí vão algumas situações:

· Quando você prefere ficar só a fazer o que não lhe dará prazer, mas somente ao outro.

· Quando você se despede de alguém que faz com que você se sinta sozinho, apesar de acompanhado.

· Quando você está à procura de si mesmo, de suas verdades, de seu centro.

· Quando você quer se sentir livre, dar força aos seus desejos e sair da gaiola.

· Quando você quer perder o medo de não conseguir viver sem alguém ao seu lado.

· Quando você termina um relacionamento e precisa de um intervalo para reconstruir seus valores, antes de se envolver novamente.

Entretanto, antes de qualquer coisa, você tem que sentir a necessidade desta escolha, em função de seu bem-estar.

Fica difícil reconhecer as vantagens deste momento, quando o outro nos deixa, quando não temos metas, quando desqualificamos nossas necessidades e desejos, quando não nos apropriamos de nossa história, quando só sabemos viver em função de alguém, quando brigamos com a realidade e não aceitamos o fato de que podemos nos relacionar e estar com, mas só estar com, e não ser preenchido pelo outro.

Quando a escolha é nossa, porque reconhecemos que, assim, nossa vida será mais saudável, a gente consegue se sentir forte por dentro, aberto para o mundo que é vasto, diverso, rico em situações e trocas e que nos acompanha até o final.

Créditos do texto: http://www.elisabethsalgadoencontrandovoce.com/quando_ficar_sozinho_e_bom.htm


E você, tem costume de ficar sozinho? Por opção sua ou dos outros? Sabe apreciar bons momentos com sua inestimável companhia? Lembre-se que você é o seu primeiro e melhor amigo. Se não souber se relacionar bem com esta pessoa, terá bastante problemas para se relacionar com a outras. Então, enjoy the silence, enjoy the solitude!

8 de dezembro de 2009

L-I-B-E-R-D-A-D-E

Falta um pouco de paciência às relações contemporâneas. Paciência que pode ser uma surpresa desafiadora às mulheres pelo fato de elas não entenderem como um homem pode dizer: “Linda, pode ir, apaixone-se e desapaixone-se por mim e por outros, viaje, sinta os sabores do mundo, bata cabeça, venha e se vá”.

30 de novembro de 2009

O amor segundo Guilherme Brito




O amor na visão de Guilherme Brito. Prestem atenção, pois o cara sabe do que fala. E o faz com autoridade. Reflexo de muitas experiências amorosas mal-sucedidas cof cof vividas ao longo do tempo. Uma pérola realista no que diz respeito a orientação amorosa.

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Guilherme Brito é historiador, talentoso degustador da cevada e dos destilados, militante do diretório acadêmico de História na UFPE, guru amoroso e nas horas vagas é aventureiro. Quer viajar o Brasil todo dentro de um velho fuscão 1969. Já disse para ele esquecer essa ideia.

16 de novembro de 2009

Dinâmica das relações segundo Sakyong Mipham

(...) Quando as pessoas me perguntam sobre seus relacionamentos pessoais, posso adivinhar o futuro só pela atitude expressa na pergunta. Se falam sobre o que a outra pessoa não está fazendo por elas, sei que o relacionamento provavelmente está condenado. Se o que ouço é: "Preciso de mais apoio, preciso de mais amor, preciso de mais atenção, preciso que meus interesses sejam levados em conta", considero isso um sinal de que a amizade (namoro/casamento) foi por água abaixo. Essas necessidades são sintomas de desespero. Embora tudo isso possa ser verdade, elas se esqueceram de que a relação envolve duas pessoas. Não são capazes de adaptar-se aos altos e baixos do relacionamento. (...) Se você ajudar a outra pessoa, a amizade se desenvolverá. Se estiver totalmente preocupado consigo mesmo, seu casamento não durará.


Eu quero atenção! Entendeu ou quer que eu desenhe?


Um relacionamento duradouro requer discernimento e empenho contínuos. Exige que pensemos a respeito do que estamos dispostos a dar antes de olharmos para quanto vamos receber. Por mais difícil que e injusto que isso às vezes pareça, se queremos ser verdadeiros amigos, precisamos sempre pensar: "O que posso fazer pelo meu amigo?", "como posso dar-lhe apoio?", "como posso cuidar melhor dele?". Por essa razão, antes de envolver-nos em uma amizade/ namoro, devemos refletir sobre o que essa amizade vai exigir de nós e ter certeza de que poderemos levar até o fim esse compromisso. (...)

(Em negrito, grifos meus)


(Trecho do livro Governe seu mundo, de Sakyong Mipham.)

Se quiserem, leiam apenas as partes destacadas.

Fim do artigo.

8 de novembro de 2009

Um mês sem Bartolomeu Renard

"Olho pra rua da mesma janela que costumávamos pensar onde ir... O tempo passou e você não voltou. O tempo se foi e você não voltou..."

Para Dominic Molise, personagem de John Fante, 1933 foi um ano ruim. Ruim porque naquela época ele foi impedido de buscar seus sonhos, de ir atrás de suas aspirações. Em meio a desesperança do sonho americano, Dominic Molise ruiu. Para mim (ou para nós), 2009 é que está sendo um ano ruim. Ruim porque eu fiquei sem você, meu grande amigo. Ruim porque você partiu de uma forma trágica, sem avisar, sem tempo para despedidas, sem chance para um último reencontro. Você partiu no melhor momento de sua vida. Quando todos os ventos sopravam ao teu favor. Quando a frágil segurança do sucesso finalmente sorriu para você. 2009 vai ficar marcado para nós, mais pela dor da perda, da falta, da saudade, do que pela alegria. Eu sei que a vida continua. Ela deve mesmo continuar. Mesmo que nesse jogo falte uma peça importante do quebra-cabeça. Não é fácil seguir sem você. Quer dizer, não nos damos conta de que isso realmente aconteceu.

Veja só que ironia. Há algum tempo conversávamos sobre os amigos que não víamos há algum tempo. Perguntávamos como eles estavam, se estavam casados, se já tinham filhos, coisas banais da vida. E num certo dia, você consegue reunir todos. Estavam lá só para te ver. Mas infelizmente amigo, você é que não os viu. Só você mesmo para juntar tanta gente que andava separada, que andava em rumos diferentes. Só você mesmo para fazer de um momento tão triste, uma grande reunião em família. E pensar que já se passou um mês...


E é por isso que eu reclamo essa tua companhia...

E o nosso Santa Cruz, amigo? Nosso glorioso tricolor, que nos últimos anos tem dado mais tristeza do que alegria. Lembra da felicidade e medo com que íamos ao Arruda? O dia em que atiraram pedra em nosso ônibus? E aquele em que a Inferno Coral nos deu uma carreira? E o que falar daquele triste jogo contra o ICASA, pelo brasileiro da série C em 2008 que praticamente selou o rebaixamento do nosso Glorioso à série D? O último jogo que tive o prazer de ir contigo, meu amigo, contra o CSA em agosto de 2009, foi também a nossa despedida. Lembro como se fosse hoje o nosso sofrimento por depender do Central. O gol no último minuto, só que o Santinha não fez sua parte. Não imaginávamos que o destino seria tão cruel. E aqui ali não nos veríamos mais. Não sei nem o que dizer, meu amigo... São tantas Histórias (com H maiúsculo mesmo), tantos momentos, algumas tristezas, alguns desentendimentos (qual amizade sincera que não tem?) nesses anos de amizade. É amigo, dói muito ainda lembrar disso.

Por favor amigo, não fique chateado por eu estar tendo essa conversa direta com você, em vez de exaltar suas qualidades. Depois que partimos dessa vida não adianta mais dizer o quão bom alguém foi, o quão respeitoso era, o quão querido, o quão isso ou aquilo. Não. Até porque seria desnecessário. Todo mundo que te conhecia, sabia bem disso. Enfim, vamos seguindo...

Eu poderia enumerar milhares de momentos aqui, mas vai ficar cansativo para todos nós. Inclusive para você. O intuito desse pequeno texto meu amigo é tentar acreditar que já estamos há um mês sem você. Que faz um mês que não vemos mais aquele gordinho sexy, o Bartozito Tevez, o gostosão do Ferreira Costa, O Bartô das meninas ou qualquer outra identidade que você possa assumir. Concordo com Tchekhov quando ele diz que o silêncio fala mais que as palavras. Mas o seu silêncio dói, meu amigo. O seu silêncio repentino era algo que não esperávamos e que não vamos nos acostumar. Nunca. Charles Bukowski uma vez disse algo a respeito de John Fante que eu pegarei emprestado: "aqui está um homem que não tem medo da emoção". Eu diria mais: aqui está um homem que não tem medo da vida, apesar dos percalços, está sempre com um sorriso no rosto. E é essa imagem que eu quero guardar. O sorriso da despedida em agosto de 2009. O sorriso da vontade de jogar uma bomba no ônibus do CSA, que estava estacionado lá no Laçador. O sorriso da saída que marcaríamos e que não pode mais acontecer, das gostosas que paquerávamos, da bicadas que tomávamos. É essa imagem do "cara" que eu quero levar, Grande Irmão. Peço que não repare no tom excessivamente dramático e meloso do post, mas não posso lembrar desse fato sem que uma lágrima intrusa me visite os olhos. Sem que uma coisa me aperte o peito. Sinto saudades suas, meu parceiro. Desde o dia da sua despedida que não vou a sua casa. Na verdade, tenho evitado mesmo. Não vejo sentido em ir. Nem na sua Missa de sétimo dia eu fui. Ir ao teu sepultamento já foi um ato de coragem. Às vezes eu penso que amigos não deveriam sepultar amigos. Assim como pais não deveriam sepultar os filhos. É duro. É tudo muito duro. O dia clareou meu amigo. Preciso ir dormir. Não sem antes ler no celular a última Sms que me mandaste... E já faz um mês...

2009 ainda não acabou, caro amigo. Mas o fato de ter te perdido tão de repente já faz dele um dos mais tristes. Cinza, doído, amargo. Enfim, a vida aqui tenta ser a mesma. Sem muito sucesso. E o lado menos ruim de tudo isso é que me inspiraste a escrever um livro. Se vai ser publicado ou não já é outro departamento. Agora é por conta do tempo. Chega de chororô.



"Essa é a dancinha da vitoria."

30 de outubro de 2009

Conjunto de clichês absurdamente simples para alavancar sua relação

A coisa mais comum da atualidade é ver os casais que estão juntos há um bom tempo reclamarem da triste rotina para a qual caminham suas relações. Monotonia, tédio, marasmo, mesmice, papai-e-mamãe . Acredito que falte também um pouco de disposição de ambas as partes, visando sair dessa incômoda situação e temperar um pouco as coisas. A desculpa para falta de atitude vai desde que mora em cidade pequena, passando pelo viés de que têm poucas opções de lazer até chegar ao clássico "no começo tudo são flores, depois vai acalmando". Preguiça e falta de vontade devem ter mudado de nome. ;-)

Um amigo meu vasculhando por esse mundo virtual achou uma lista prática e simples que pode ajudar em qualquer relação. Vai desde um simples piquenique a um criativo presente surpresa. Alguns itens dessa lista eu já fiz com algumas namoradas, outros devo fazer no futuro. Enfim, as ideias para atiçar a imaginação estão aí. Algumas coisas voltadas mais para casais, no entanto, nada impede que você improvise e faça uma surpresa para aquela gostosa da faculdade, aquele rolo da academia, a sua esposa que está contigo há uns 20 anos...


Colher flores pode ser mais excitante do que você imagina


  1. Prepare o jantar.
  2. Massagem no corpo todo.
  3. Piquenique ao pôr-do-sol.
  4. Flores (colhidas).
  5. Faça um CD.
  6. Dê chocolates.
  7. Fondue de chocolate + frutas.
  8. Fiquem abraçados juntos num dia de chuva.
  9. Deixe bilhetes apaixonados por aí.
  10. Caminhada sob a luz do luar.
  11. Filmes mamão-com-açúcar.
  12. Vinho + estrelas cadentes.
  13. Banho de espuma juntos.
  14. Volte pro lugar onde vocês se conheceram.
  15. Beijo sob a chuva.
  16. Passeio na roda gigante.
  17. Pegação escondidos numa festa.
  18. Jantar em casa à luz de velas.
  19. Dança com o corpo colado, bem lento.
  20. Cochilem juntos.
  21. Um beijo bem lento.
  22. Faça uma lista das coisas que você mais gosta nela.
  23. Pegação no cinema, como adolescentes.
  24. Vista-se bem, arrume-se para saírem juntos.
  25. Coloque suas atividades em pausa e conversem sobre o seu dia.
  26. Faça de conta que vocês vão sair juntos pela primeira vez. Vivam esse momento novamente.
  27. Recheie uma caixa com as coisas prediletas da sua namorada.

Como disse, essa lista é absolutamente adaptável. Façam com seus parceiros e voltem para relatar seus feedbacks. E claro, se estiver faltando algum item aí, fiquem à vontade para acrescentar.

16 de outubro de 2009

De como viver uma vida sem sentido (ou de como tento me manter acordado) Parte II

Este post é a segunda parte do artigo que comecei na semana passada. Espero profundamente que esse complemento seja tão útil quanto tem sido para mim. Foi o modo que encontrei de não patinar tanto e ficar um pouco acordado, consciente da minha falta de vigor e coragem perante à vida. Enfim, vamos nos falando.


6-Achar que o mundo é um monstro que quer te derrubar


É comum as coisas não darem certo algumas vezes. Você não é e nem será o mais injustiçado por isso. Ninguém suporta pessoas que vivem se lamentando, reclamando de tudo o que acontece com elas, se fazendo de verdadeiras vítimas. O mundo é um só para todos. O modo como você lida com os imprevistos é que vai dizer quem é você. Então, ao invés de reclamar, que tal aprender a tirar um sarro de você mesmo?




Roupa limpa sob o horizonte.



7-Ter um horizonte sujo e limitado


Esse tópico se relaciona bem com o primeiro. A diferença é que nesse você tem sonhos, vislumbra um horizonte. Contudo, se ele não estiver claro e límpido, você patinará na vida e dará mais voltas do que o necessário. Pessoas com horizonte sujo costumam ser confusas. Um exercício simples para isso é colocar as metas e objetivos num papel, cortar tudo aquilo que te fazer perder tempo e energia, acabar com as pendências e tirar da frente tudo que te impede de viver um fim de semana dedicado a sua mulher, aos seus amigos, a alguma atividade que te cause paixão...


8-Não sentir tesão por estar vivo


Como encontrar uma garota linda, com um perfume deliciosamente irresistível e não conseguir sentir tesão pela vida? Eu não conheço essa garota, mas encontro com ela todos os dias. E dessa última vez(29-09), apesar de nem ter olhado para mim – nunca olha mesmo – ela conseguiu alegrar meu dia. Estava absolutamente fechado e puto sem motivo justificável, até sentir aquele perfume dentro de mim me avisando que eu estou vivo. Foda. É incrível como pequenas coisas nos tiram do estado de dormência. E eu nem tive tempo para agradecê-la. Ela entrou no carro tão rápido...


Este exemplo da garota pode ser aplicado em outras áreas da vida. É a Literatura te fazendo estremecer diante de um texto bem feito. Uma balada dos Beatles fazendo tua alma estremecer. Tua namorada te ligando apenas para dizer que viu algo e lembrou de ti. Teu amigo te ligando marcando aquele churrasco no fim de semana apenas para comemorar a amizade de vocês. A vida é boa. A vida é muito boa.


Esses são alguns dos pilares que embasam uma vida virtuosa e com sentido. A lista é infinita e não dá para colocar tudo num simples e despretensioso blog. O importante é que você encontre aquilo que te motiva, que te dá tesão em seguir em frente e fazer amor com a vida. Viva de tal modo que você seja capaz de explicar seu grande sonho para qualquer estranho em apenas dois minutos. Ofereça. Plante. Colha. Erre e acerte. Chore. Ria. Desespere-se e sinta o sabor amargo das relações humanas. Exulte com suas alegrias, mas lembre-se que até elas são impermanentes. Enfim, tire a bunda dessa cadeira e viva. Está uma linda manhã de sol hoje.


5 de outubro de 2009

...

...

Eu não tenho mais a cara que eu tinha,
No espelho essa cara já não é minha.
Mas é que quando eu me toquei, achei tão estranho,
A minha barba estava desse tamanho.

Será que eu falei o que ninguém ouvia?
Será que eu escutei o que ninguém dizia?
Eu não vou me adaptar, me adaptar

Não vou me adaptar! Me adaptar
!

Não vou!

29 de setembro de 2009

De como viver uma vida sem sentido (ou de como tento me manter acordado)

Esse foi um dos posts mais estranhos que já fiz. Saído de um momento de profunda confusão e reflexão, me fez acordar e perceber o tempo que estou perdendo em atividades sem um sentido amplo, que não acrescentam muito a vida, que não causam brilho nos olhos. Inicialmente o título seria “como ter uma vida virtuosa”. Achei que além de ficar autoajuda demais, empobreceria toda a mensagem contida em cada reflexão. Enfim, vamos seguindo.


1-Não acreditar nos próprios sonhos



Todos nós temos a liberdade e capacidade de sonhar. Isso é inerente ao ser humano. Acabe com o sonho de uma pessoa e você aniquilará também com a vida dela. Faça-a acreditar que seus sonhos são impossíveis, ridículos, sem fundamento algum – como se fosse preciso ter – e você estará contribuindo para a formação de mais uma pessoa frustrada no mundo. Quando duvidamos da nossa capacidade de sonhar e realizar, nossa vida perde o brilho, patinamos e ficamos em um estado de confusão contínuo, uma vez que não temos metas nem objetivos para conquistar, muito menos um motivo para continuar seguindo em frente.


2-Esconder suas habilidades do mundo


Cada pessoa é única. Não existe outra como você ou eu nesse imenso universo. Logo, nossa capacidade de fazer as coisas também é única. E nesse raciocínio entra a magia do oferecer. Quando eu ofereço minhas habilidades ao mundo, sem interesse ou esperança de recompensa alguma, a alegria autônoma que brota da generosidade é algo inexplicável. Quando eu dou um presente, minha alegria não está vinculada ao presente em si, mas ao ato de entregar. Assim é também com suas habilidades. Se seu papel no mundo é usar sua arte para trazer felicidade e conhecimento a todos, por que parou de escrever, compor, tocar guitarra, consertar PC ou cozinhar? Faça isso em favor dos outros. Mesmo que sejam coisas esporádicas.




Não há nada como olhar a vida mais de perto


3-Estar fechado à capacidade de amar e ser generoso


A vida se abre para aqueles que estão abertos para ela. Se você se fecha para um momento de dor, inconscientemente acaba se fechado também para um de alegria. A vida é imprevisível, impermanente e maravilhosa. Hoje é. Amanhã poderá não ser mais. Então, cabe a nós estarmos abertos e saber fazer poesia e música com o que ela oferecer. Lembre-se que nenhuma tempestade, por pior que seja, dura para sempre.



4-Não querer ver o dia


Isso acontece comigo várias vezes, Têm dias em que acordo já pensando na hora de deitar. A vontade mesmo é de nem sair da cama, não enfrentar o dia. Como alguém que já acorda e quer ficar embaixo dos lençóis pode construir uma vida virtuosa e com sentido? E como oferecer suas habilidades ao mundo, se você nem sequer saiu da cama?


5-Não estar presente


A coisa mais comum de se ver nessa correria do cotidiano, são pessoas ligadas no piloto automático. Semi-vivas, semi-acordadas, semi-presentes. Coloque consciência no que você faz. Se começar uma coisa, esteja 100% focado nela. Não jogue futebol pensando na prova de teoria literária da semana que vem. O mesmo vale para amigos, namoradas, pais. Eles exigem sua total presença e abertura. É melhor ver sua namorada três vezes por semana e estar 100% presente com ela essas três vezes, mesmo que em breves momentos, do que ver os sete dias e oferecer 30% de sua presença. Lembre-se, qualidade de presença é absolutamente superior à quantidade.


(Continua...)


Em breve a segunda parte do artigo. Aguardem...



11 de agosto de 2009

Lembrete para nós homens livres

Que nossas mulheres nunca nos olhem pelo retrovisor. Mulheres se interessam por homens livres, leves, precisos e cortantes, sempre à frente delas. Caso algum dia ela capture nosso desejo, isto é, deixemos de ser livres e não fazermos mais o que fazíamos antes de estar com ela, perderemos o brilho nos olhos, o tesão pela vida, a liberdade, a espontaneidade, estaremos condicionados a uma felicidade ilusória e passageira e no fim vamos todos nos foder. Consequentemente ela também nos deixará, uma vez que não terá mais sentido permanecer ao lado de um homem que coloca sua mulher num pedestal em detrimento de suas atividades. Se ela perceber que não sabemos separar as coisas, se perceber que nos deixamos persuadir fácil pelas tempestades do feminino, se ela ao menos imaginar que perante as nossas prioridades, está perto de ficar no topo, game over para nós, parceiro.


É isso que vai acontecer quando ela capturar seu desejo.

Fim do post.

27 de julho de 2009

Lourival Holanda: poesia ambulante e contagiante nos corredores da FAFIRE e da vida


(...)Lembranças são lembranças, mesmo pobres,
olha pois este jogo de exilado
e vê se entre as lembranças te descobres(...)

Carlos Pena Filho - Soneto oco.


Música perfeita de Nana Caymmi. Tem tudo a ver com a temática de hoje. Escute enquanto lê o post.

Nana Caymmi - resposta ao tempo



Neste último sábado (25/07), tivemos na turma de pós-graduação em Literatura Brasileira, na FAFIRE, a última aula do módulo de Teoria do Discurso Poético, ministrada pelo Professor Lourival Holanda. Era para ser uma última aula, daquelas bem normais, já que todo módulo, por melhor que seja, sempre chega ao fim. Eu disse ERA. Felizmente não foi. Aquele “último” encontro tinha um quê de diferente, de especial. Não pelas músicas que ainda estão em minha cabeça, não pela honrosa “despedida” do mestre, não pela comoção de meus colegas. Não sei bem explicar, e também não gosto de despedidas. Porém aquela tinha um sabor diferente. Assim como as aulas do Grande Lourival “Poesia Viva” Holanda.

Eu não sei bem como alguém pode respirar poesia o tempo todo. Melhor. Lourival não apenas respira poesia. Ele é a própria poesia viva, andando solta e ao alcance de todos que o procuram pelos corredores da FAFIRE. Sabe aqueles mestres que você aprende apenas por admiração? Talvez assim possamos definir Lourival Holanda, se é que ele nos permite a ousadia de “defini-lo”. Sinceramente eu não o conhecia. O máximo que tinha escutado falar dele era pela sua grande sabedoria e empenho para com seus alunos. Se por acaso eu tivesse criado alguma expectativa a respeito de Lourival, elas cairiam por terra já naquele primeiro encontro, onde, mesmo eu estando atrasado, fui recebido com um carinho e uma humildade incrível. Não há como agradecer o que ele fez por nós em tão pouco tempo. E menos ainda pela magia despertada naquela última aula. Há coisas que um homem precisa viver para saber que existiu. Quem estava naquela última aula sabe muito bem do que falo.

Enfim, eu não quero me alongar muito neste post, até porque todos os créditos serão dados ao meu Grande amigo e Poeta, Gerferson Neftali. Esse sim soube seguir firmemente os passos do Mestre e vai senão ainda respirando constantemente a poesia, anda fazendo dela parte indelével de seu universo azul, ao sabor dos Ventos Brandos, dos ventos brandos da vida. Leia aqui, na íntegra, o magnífico post escrito por Gerferson relatando tudo que ocorreu naquela manhã de 25/07. Sinceramente, eu jamais faria melhor.

16 de julho de 2009

Californication: no fim de tudo, só nos resta foder com a vida

“Lembre-se, no fim do dia, é tudo por ela. Só por ela.”


Logo quando ouvi falar em Californication, não dei muita importância, já que não aprecio muito séries televisivas. O máximo que lembro foi ter assistido na infância alguns episódios pingados de Dawson´s Creek, Barrados no baile e outras por aí afora. Porém, com Californication foi diferente. Simplesmente identificação total já no episódio piloto. Não apenas com o escritor comedor de mocinhas, mas com a atmosfera mágica como um todo.


Californication é completamente diferente de tudo que já vi por aí. É surreal, é introspectivo, é sacana, é desrespeitoso. Não esconde cenas de sexo ou drogas. Os atores parecem ter sido predestinados a assumirem seus respectivos papéis. A trilha sonora é muito boa ( tem Bob Dylan, Nirvana, Warren Zevon), os diálogos são incríveis, - a ponto de você ficar voltando várias vezes só para ler de novo -, além de uma dose deliciosamente alta de humor negro e tirano.


Contudo, ela não se resume somente a isso. Californication é uma lição de como viver. Ela grita o tempo todo para nós que no fim de tudo, no fim do mundo, só nos resta foder com a vida, em seu sentido mais lírico. Mostra que a busca pela felicidade é uma coisa completamente efêmera, se você não sabe para onde está indo. Ela escancara com as relações humanas, dançando freneticamente entre a alegria e tristeza, a vitória e o fracasso, o medo e a coragem para no fim nos mostrar que o que mais importa e a única coisa que podemos fazer nessa vida é amar. Muito. À maneira de cada um, claro.


Eu não consegui mais parar de assistir. Em dois dias engoli os doze episódios da primeira temporada. (baixe aqui a primeira e a segunda temporada completa) Dei um jeito de conseguir com um amigo a segunda. Acabei de rever o último capítulo e sinto como se tivesse ainda entorpecido pela trama. Ela consegue ir muito longe. Te coloca de frente contigo mesmo para depois te dar um murro no estômago, vislumbrando, assim, uma forma de te manter acordado para vida. Foda demais. Assistam e vejam como a vida pode ser ainda mais gostosa, mesmo que politicamente incorreta.



Post dedicado a Guilherme Rabelo. Primeiro por mais uma vitória em sua vida. Depois pelos poucos minutos de conversa que me inspiraram a fazer essa pequena abordagem. Além das cachaças filosóficas que me proporciona. Por tudo isso e muito mais, esse vai para ele.

2 de julho de 2009

Fazer da mente uma aliada

"O problema para a maioria de nós é que tentamos cultivar uma flor numa rocha. O jardim não foi arado apropriadamente. Não treinamos nossa mente. Simplesmente jogar algumas sementes sobre um solo duro e esperar que cresçam flores não funciona. Temos de preparar o solo [...]. Primeiro temos de remover as pedras e carpir as ervas daninhas. Então devemos preparar a terra e criar uma boa camada de solo cultivável. É isso que fazemos quando aprendemos a permanecer calmamente em meditação sentada: criamos um espaço para que nosso jardim se desenvolva. Então podemos cultivar as qualidades que nos permitirão viver nossa vida em plena floração."

Sakyong Miphan - Fazer da mente uma aliada

















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Livro maravilhoso de um mestre oriental que conhece muito bem os problemas do ocidente. Para quem acha que meditar é coisa de budista ou monge tibetano, essa obra é ideal para iniciar o treinamento da mente. Isso mesmo. Todos nós temos capacidade de tudo, para isso basta que treinemos e silenciemos nossa mente. Com a mente treinada, abriremos espaço em nossas vidas e, consequentemente, as coisas ficam mais visíveis e podemos de forma livre e desidentificada, passear por todos os mundos que nos são apresentados. Sem apego. Apenas existindo. Apenas sendo. Sentido autenticamente os sabores, as delícias, nos divertindo até nos conflitos e percalços da vida. Recomendo.

28 de junho de 2009

Existe vida após fim de namoro. (?)

Post confuso, título dúbio. Tanto pode ser uma afirmação, quanto uma pergunta. Depende muito de quem, de como e quando o lê. Algumas pessoas têm maior facilidade para se libertar da depressão pós-namoro e acabam usando a frustração para crescer ainda mais. Outras simplesmente mergulham num mar de merda e para sair de lá dão trabalho. Dizem que no fundo do poço há um porão. Talvez seja esse o lugar preferido por algumas.


O fato é que existe sim uma vida antes, durante e principalmente após o namoro. O problema é que geralmente estamos ocupados demais em nossa tristeza para nos darmos conta. Não temos tempo para aprender rapel porque se sentir mal exige muito tempo. Nem passa pela nossa cabeça o quanto sair ou viajar sozinho pode ser uma experiência recompensadora, pois temos de maquinar um jeito de nos sentirmos culpados pelo fracasso da relação. Fazer aula de dança de salão, ler livros, conhecer pessoas e lugares fodas, focar de modo completo no trabalho ou nos estudos ou ainda por cima quebrar automatismos? Nem pensar. Precisamos de tempo, muito tempo para nos lamentar. Como se isso servisse de catarse para nosso sofrimento.


A maior dificuldade para quem termina um namoro é realmente perceber que existe uma larga e monstruosa vida além dele. É como se nos acostumássemos com a tranquilidade e passividade de uma relação – o que a maioria pensa ser ideal – e tivéssemos medo de saltos mais altos, de sermos mais ousados, de viver. Esse blog foi criado depois de um homérico pé na bunda. Impotência e frustração transformadas em energia quase autônoma. Lembro-me que passei por um tempo de limbo também, só querendo dormir, indo para todo tipo de festa, bebendo e tentando encontrar em fugas desesperadas e sem sentido para outras mulheres o que eu havia perdido em uma única mulher. Era o verdadeiro estilo drogas, sexo and rock in roll. Aos que acham que isso é uma solução, sinto informar que não passam de muletas com as quais você pode esconder a realidade por um tempo, mas não a vida toda. Mais cedo ou mais tarde essas muletas caem e nesse momento você será transportado de volta à realidade através de mais dor, sofrimento e confusão do que naquele momento em que resolveu maquiar com perfume o cheiro de bosta que estava em sua vida. Aceite a realidade. Por mais dura e injusta que possa parecer. A recompensa no futuro é algo indescritível.

Como é que eu não vi isso antes?


Nosso medo de reconhecer vida após o fim do namoro vem do medo de sairmos de nossa zona de conforto e adentrar áreas desconhecidas. É biológico isso. O ser humano tem medo de se aventurar no desconhecido. É mais fácil para nós – aí entra um estudo que diz que é mais cômodo para o cérebro repetir as mesmas tarefas do que colocar algumas novas na rotina – fazer o feijão-com-arroz do que inovar e fazer uma suculenta lasanha. O que é lamentável, pois assim desperdiçamos um brilho imenso nos olhos e deixamos a vida passar por nós, sem muita intensidade, sem muito sentido, semi-acordados, semi-viventes, semi-amantes.


O peso de uma paixão é algo que aperta nosso peito e na maioria das vezes não nos deixa respirar. É algo difícil de carregar, já que não depende exclusivamente de nós. E aqui eu quero embaralhar a cabeça de vocês. Deixe que essa paixão te mate. Isso mesmo. Sinta nas profundezas da sua (in)consciência a dor, a confusão, a loucura que se torna sua vida. Observe como a paixão age e veja como somos levados por nossas emoções, sentimentos, conflitos. Veja como não temos controle de absolutamente nada. Depois disso, deixe que ela finalmente te mate. Morra e nasça um novo ser-humano. Desse modo é que você começa a se liberar da fase pós-fim-de-namoro e começa a vislumbrar horizontes novos, desfrutando da vida como ela merece ser desfrutada, achando soluções onde só havia problemas, proporcionando momentos indescritíveis aos seres que você nem sonhava existir. Enfim, vai finalmente reconhecer em você todas as potencialidades necessárias para uma vida virtuosa, gratificante e com sentido.

22 de junho de 2009

Um dia você aprende que...

Depois de algum tempo você aprende a diferença,

a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma.

E você aprende que amar não significa apoiar-se,

e que companhia nem sempre significa segurança.

E começa a aprender que beijos não são contratos

e presentes não são promessas.

E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida

e olhos adiante, com a graça de um adulto

e não com a tristeza de uma criança.

E aprende a construir todas as suas estradas no hoje,

porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos,

e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.


Depois de um tempo você aprende que o sol queima

se ficar exposto por muito tempo.

E aprende que não importa o quanto você se importe,

algumas pessoas simplesmente não se importam...

E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa,

ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.

Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.

Descobre que se leva anos para se construir confiança

e apenas segundos para destruí-la,

e que você pode fazer coisas em um instante,

das quais se arrependerá pelo resto da vida.

Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer

mesmo a longas distâncias.

E o que importa não é o que você tem na vida,

mas quem você é na vida.

E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.

Aprende que não temos que mudar de amigos

se compreendemos que os amigos mudam,

percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa,

ou nada, e terem bons momentos juntos.

Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vidasão tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos.


Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo.



Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós,

mas nós somos responsáveis por nós mesmos.

Começa a aprender que não se deve comparar com os outros,

mas com o melhor que você mesmo pode ser.

Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser,

e que o tempo é curto.

Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo,

mas se você não sabe para onde está indo,

qualquer lugar serve.

Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão,

e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade,

pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação,

sempre existem dois lados.

Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer,

enfrentando as consequências.

Aprende que paciência requer muita prática.

Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute

quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.

Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência

que se teve e o que você aprendeu com elas

do que com quantos aniversários você celebrou.

Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.

Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens,

poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia

se ela acreditasse nisso.


Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva,

mas isso não lhe dá o direito de ser cruel.

Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer

que ame, não significa que esse alguém não o ama,

pois existem pessoas que nos amam,

mas simplesmente não sabem como demonstrar isso.

Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém,

algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.

Aprende que com a mesma severidade com que julga,

você será em algum momento condenado.

Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido,

o mundo não pára para que você o conserte.


Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.

Portanto,plante seu jardim e decore sua alma,

ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.

E você aprende que realmente pode suportar...

que realmente é forte, e que pode ir muito mais

longe depois de pensar que não se pode mais.

E que realmente a vida tem valor

e que você tem valor diante da vida!

Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem

que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar.


A autoria do texto foi atribuída a Shakespeare, contudo, têm-se dúvida se foi ele realmente quem o escreveu. O que de fato não tira a maestria e nem magia dessas palavras.

9 de junho de 2009

O que estamos fazendo de nossas próprias vidas?



Esse é um daqueles vídeos que encontramos por acaso, mas que ficam marcados para sempre em nossas memórias. Tem pouco menos de quarenta e cinco segundos. No entanto, o suficiente para fazer repensar toda uma vida. Assista atentamente, reflita e responda para si mesmo as perguntas abaixo. Assim como eu, depois desse vídeo dificilmente você verá as coisas do mesmo jeito.


Lembre-se do curso que você está fazendo e empurra com a barriga, será mesmo que está valendo a pena? E o emprego que você tanto maldiz, te dá alguma satisfação? Você tem tempo para os amigos, para a família, para seus hobbies, para as coisas que te dão prazer ou está sempre ocupado demais com o trabalho? Você tem tempo para as coisas que realmente importam? Ou está vendo a vida passar, como num piscar de olhos? O que você tem feito de sua própria vida? O que você construiu até aqui? Ou irá esperar ter sessenta anos ou ainda um diagnóstico de alguma doença incurável para se dar conta da vida e do quanto esta é rara?


É hora de viver, caro Gafanhoto. Desligue as coisas que te distraem e vá aproveitar o melhor da vida enquanto dá tempo. Está um lindo dia de sol lá fora...


4 de junho de 2009

Estamos de volta













“Eu cheguei em frente ao portão
Meu cachorro me sorriu latindo.
Minhas malas coloquei no chão.
Eu Voltei!(...)” Roberto Carlos - O portão
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Depois de algum tempo em férias (forçadas), o blog está voltando. Ânimo renovado, cabeça fresca, horizonte em processo de alinhamento, abertura de espaço, desilusões, surpresas, novidades e entre outras coisas que um homem precisa passar para se dar conta de que – ainda – está vivo. Motivação para escrever em alta, deixemos de papo furado e vamos caminhando. Em frente. Sempre. Caindo e levantando. Acordando. Agora!

10 de janeiro de 2009

Acordei e agora: 1 ano

Exatamente hoje, 10 de janeiro, o Acordei e agora completa seu primeiro ano. E nada melhor do que comemorar quebrando tudo e tocando a maior zorra ao som de Anarchy in the Uk. ;-)


A princípio, a idéia do blog era apenas expor as visões e experiências de um cara completamente atrapalhado em relacionamentos. Queria por meio de testemunhos, servir de exemplo para que muitos não cometessem os erros que cometi e acertasse do jeito que acertei. Era mais um lugar para desabafar do que um blog propriamente dito.


A brincadeira foi ficando mais séria e daí surgiu a motivação para fazer desse espaço uma ferramenta para melhoria das relações inter / intra-pessoais. Foi nessa época que o blog até então intitulado Tarverna do Will passou a se chamar Acordei e agora. A escolha desse novo nome não foi por acaso. O objetivo era despertar as pessoas para o que elas tinham de melhor. Mais que isso. O objetivo real era que EU despertasse para o que eu tinha de melhor. Até hoje, tudo que escrevo aqui, nada mais é que um lembrete para mim. Um lembrete para os momentos em que ando dormindo, uma tapa na cara para os momentos em que perco a consciência. E funciona que é uma maravilha.


Querida, você trocou as velinhas!


Contar toda história do blog seria a coisa mais sem sentido que eu poderia fazer agora. Fiquem tranqüilos, não vou fazer isso. Acho até um desrespeito com seu precioso tempo. Só resolvi postar hoje, para não deixar passar em branco do que qualquer outro motivo especial. O que me motiva escrever aqui, é meu chamado a melhoria do universo, seja com um post, uma conversa ou simplesmente uma ação sutil que pode mudar a vida de alguém. Essa é minha forma de ajudar a construir esse mundo com pessoas mais virtuosas, conscientes, de bem consigo mesmo. Sei que faço menos do que gostaria, porém, tenham absoluta certeza de que faço com o coração aberto.


E para acabar todo esse discurso mela cueca, quero agradecer a todos que passam por aqui, mesmo que por engano. Quero agradecer também toda ajuda e apoio oferecidos quando isso era apenas um projeto, e por fim, quero agradecer a você, ilustre desconhecido, por toda fonte de inspiração e toda motivação que me faz sentar o traseiro gordo nessa cadeira e só sair quando tiver acabado de escrever algo minimamente decente, que de algum modo seja útil para alguém.


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P.S. Em 2009, O que querem ver por aqui? Abro o espaço para vocês.