7 de junho de 2010

Chögyam Trungpa sobre a impermanência das coisas




"Começamos a perceber que há estações me nossa vida, assim como há estações na natureza. Há um tempo para cultivar e criar, um tempo para alimentar nosso mundo e dar à luz ideias e projetos novos. Há um tempo para florescimento e abundância, no qual a vida está em plena expansão, transbordando de energia. E há um tempo de frutificação, quando as coisas se encaminham para um fim. Elas atingiram um clímax e precisam ser colhidas, antes que comecem a fenecer. Finalmente, é claro, há um tempo frio, cortante e vazio, um tempo em que a primavera de um novo começo parece um sonho distante. Esses ritmos da vida são eventos naturais. Vão se entrelaçando como o dia e a noite, trazendo-nos não mensagem de esperança ou de medo, mas mensagens de como as coisas são. Percebemos que cada fase de nossa vida é uma ocorrência natural e, portanto, não há por que nos sentirmos arrastados e jogados de um lado para o outro pelas mudanças de circunstâncias e humor que a vida traz consigo. Descobrimos que temos uma oportunidade de ser e estar plenamente no mundo, em todo e qualquer momento, e de nos mostrarmos indivíduos orgulhosos e valentes em qualquer circunstância."

Trecho retirado do livro de Shambhala: a trilha sagrada do guerreiro.

Dedicado a Roxane Alves.


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