11 de outubro de 2008

Da incrível arte de perceber as pessoas

Um café, algumas torradas na mesa e um corpo em frenesi louco para manifestar tudo o que deveria ser expresso pela alma. Sinto que só ela é capaz de viver plenamente a intensidade das coisas. Ah, se colocássemos mais alma em nossa vida. Se colocássemos mais vida em nossa alma...

Esse post que vos escrevo enquanto bebo meu café quente, é absolutamente factual. Não há nada de extraordinário ou incomum nele. É sobre pessoas. Ou melhor. É sobre as pessoas que estão o tempo todo ao nosso redor, mas estamos ocupados ou fechados demais dentro do nosso mundo para poder reparar nelas. É uma pena, diga-se de passagem. As pessoas são sempre ótimos espelhos e rendem boas histórias para nós.


Caralho, é gente demais pra eu ficar sorrindo a toa, porra!

Não sei quanto aos leitores desse blog, mas eu tenho o hábito de ficar olhando as pessoas ao meu redor e me perguntando coisas do tipo: “o que será que passa pela cabeça desse cara agora?”, ou então, “pra onde essas pessoas estão indo, com suas confusões, dilemas, alegrias, tristezas, vitórias ou derrotas?”. Elas passam por nós e, em muitas ocasiões, nem sentimos. Às vezes só precisam de um sorriso ou um olhar mais amigável, que quase sempre negamos, mas que poderia ter salvo seu dia. Não me refiro a perceber apenas homem (mulher) bonito (a) e/ou atraente. Refiro-me a todas as pessoas que passam por você, independente de quem seja ou onde quer que você esteja. No aeroporto, no metrô, na rua de sua casa, na praia, num bar. É incrível, indescritível e impagável a sensação de se estar aberto, de sorrir, de simplesmente conseguir olhar além da fumaça da desconfiança que assola nossos dias e olhar o outro quase dizendo com os olhos “Eu vejo você. Eu posso sentir a história de vida que carrega consigo. Você não cruzou minha vida apenas por cruzar. Obrigado por ter aparecido”. Ver as pessoas apenas como pessoas que transitam aleatoriamente e que adentram nosso mundo por acaso é desperdiçar uma fonte de experiências, de emoções e sensações sem limites. Aprender a vê-las como espelhos, como mananciais de lições de vida, reflexos de histórias não acabadas com desfechos inesperados, é uma forma de ampliar nossa percepção. É como se você saísse de uma TV 14 polegadas e passasse a assistir ao show da vida em uma de 42 polegadas wide screen. Tudo se torna mais claro, perceptível, amplo. A vida se torna mais vida.

O café está quase frio e as torradas acabaram. Eu me encontro perdido nesse post sem saber ao certo se devo publicá-lo. Do mesmo jeito, acho que me encontro perdido na vida de alguém, que não conheço e não sei se chegarei a conhecer. É tudo tão imprevisível, e ao mesmo tempo, tão rápido. A vida é breve, num piscar de olhos acaba. E quando chegar ao fim dela, o que será que terei feito? Terá valido a pena chegar ao final sem sorrir tanto quanto desejei? Terá valido a pena ser aberto a quem conheço e repulsivo a quem não conheço? Será que em algum momento em que eu andava perdido em minhas confusões, parei para alegrar o dia de alguém e não sei? É... Não sei. Só sei que quanto mais me abro para a vida, mais ela me recompensa.

11 comentários:

Anônimo disse...

very nice! hahahahaha

Anônimo disse...

sure, why not!

Anônimo disse...

very cool.

Anônimo disse...

wow, very special, i like it.

Anônimo disse...

i think you add more info about it.

Cath disse...

"... e o amor, mais breve ainda"

Anônimo disse...

confuso,em?

Will disse...

haha
e quem não é?
;-)

.Maria. disse...

"É... Não sei. Só sei que quanto mais me abro para a vida, mais ela me recompensa."

Sinto exatemente a mesma coisa!

"Quem já passou por essa vida e não viveu, pode ser mais, mas sabe menos do que eu", né?
Vinicius dizendo a coisa certa sempre!

Will disse...

Vinícius viveu intensamente, como poucos sabem viver. Admito que sinto uma pontinha de inveja dele, não apenas pelo que representou nas artes, mas pela forma como ele passou aqui na Terra, vivendo de modo esplêndido e fazendo arte até com a própria dor. Aposto minha perna esquerda que Vinicius era do tipo de cara completamente aberto para tudo na vida.

Anônimo disse...

Good brief and this fill someone in on helped me alot in my college assignement. Thanks you for your information.