1 de julho de 2011

Sobre vida, vazio e cerveja

Em meio a uma multidão frenética eu paro, bebo a minha cerveja e vejo a vida como um filme, cujos intervalos são mais interessantes que o próprio desenrolar. As pessoas estão muito preocupadas, mergulhadas dentro de si mesmas e de suas confusões. E você sabe sobre correria. Eu apenas aprecio minha cerveja, assistindo a esse belo espetáculo da vida, cuja trilha sonora poderia ser composta por Warren Zevon. Ninguém toca Keep me in your heart como ele.


Keep me in your heart for awhile

A garota com quem estou nesse momento é bela, inteligente, bastante esperta para sua idade. Porém seu único defeito é não gostar de cerveja. Será mesmo que isso é um defeito? Ela me faz perguntas difíceis. Sente que meu amor por ela não resistirá a mais uma noite. Tentaremos, tentaremos outra vez em vão sufocar nossos corpos numa busca sem sentido. Sujaremos nossos corpos. Deixaremos nossas almas imundas, vazias. Perderemos a razão tentando condensar um amor que só acontece quando temos apenas um ao outro. É isso. Eu a amo quando não tenho ninguém. Eu a amo em minha completa solidão. Ela continua fazendo perguntas difíceis, enquanto come uma lasanha horrível. Vai mexendo na minha verruga. Eu fico excitado. Peço mais chopp. É necessário embriagar o espírito para que a consciência me deixe em paz. O sexo com ela é animal, apesar de ela detestar essa expressão. As palavras vão ficando mais raras. Assim como as pessoas e a vida. lembro-me do Velho Bukowski. Ninguém falava da vida como ele. Por um segundo, quase pensei em imitá-lo... Que pretensão a minha.

2 comentários:

AMARela Cavalcanti disse...

esse da foto é tu, é???

Will disse...

Sou eu sim. Lá no shop.